quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

PERTURBAÇÃO DE HIPERATIVIDADE COM DEFICIT DE ATENÇÃO


A Perturbação de Hiperatividade com  Déficit de Atenção (PHDA) é uma síndrome caracterizada por hiperatividade, impulsividade e dificuldade em concentrar e manter a atenção.
Para se diagnosticar um caso de PHDA é necessário que a criança apresente,  com frequência, pelo menos  seis dos sintomas de desatenção e/ou  seis dos sintomas de hiperatividade que se devem manifestar em pelo menos dois ambientes diferentes (casa e escola) e por um período superior a seis meses.

Sintomas de desatenção

  •  Dificuldade em prestar atenção a detalhes cometendo erros por descuido 
  •  Dificuldade de manutenção da atenção em tarefas ou atividades lúdicas
  •  Parece não ouvir quando lhe dirigem a palavra
  •  Dificuldade em  seguir instruções e  em terminar as tarefas escolares ou outras (não devido a  comportamento de oposição ou incapacidade de compreender instruções)
  • Dificuldade para organizar tarefas e atividades
  • Evita, antipatiza ou  reluta envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante (como tarefas escolares ou trabalhos de casa)
  • Perde brinquedos, materiais escolares, tarefas escolares…
  • Distrai-se facilmente por estímulos alheios à tarefa
  • Apresenta esquecimento em atividades diárias
Sintomas de hiperatividade/implulsividade

  • Agita as mãos ou os pés
  • Dificuldade em permanecer sentado
  • Corre ou sobe e desce constantemente, inapropriadamente
  • Dificuldade em se envolver silenciosamente em atividades de lazer
  • Excesso de atividade motora
  • Fala constantemente 
  • Responde precipitadamente antes das perguntas terem sido completadas
  • Dificuldade de aguardar a sua vez
  • Intromete-se em assuntos de outros (conversas ou brincadeiras)

Esta perturbação causa dificuldades emocionais e de
relacionamento, bem como baixo rendimento escolar e outros problemas de saúde.  Ainda que a criança com hiperatividade possua, muitas vezes, uma inteligência normal ou acima da média, revela dificuldades de aprendizagem e de comportamento. É  estigmatizada como agitada, distraída, mal educada…
A criança com PHDA sente-se diferente e isola-se inquieta com as suas incapacidades.  Não conseguir concluir as tarefas  na escola ou em casa deixa-a triste e com baixa autoestima o que se repercutirá negativamente no seu comportamento e atitudes. A criança com PHDA não é distraída ou agitada porque quer.  Ela não consegue ser diferente.

É importante que os professores e os pais de uma criança com PHDA saibam lidar com a falta de atenção, impulsividade, instabilidade emocional e hiperativa incontrolável da criança. Estas crianças precisam de estruturação.

Na escola, os professores podem ajudar o aluno com PHDA a ajustar-se melhor à sala de aula. Podem:

  •  Proporcionar estrutura, organização e constância (regras claramente definidas, rotina, sempre a mesma estruturação de carteiras…)
  • Colocar o aluno junto de colegas que não o provoquem, perto da mesa do professor.
  • Reforçar positivamente, recompensando os  esforços, a persistência e o comportamento bem sucedido.
  • Atribuir tarefas que eles possam cumprir faz com que se sintam necessários e 
  • valorizados. Começar com tarefas simples e gradualmente complexificar.
  • Proporcionar trabalho de aprendizagem em grupos pequenos e favorecer oportunidades sociais. 
  • Apresentar tarefas curtas de modo a evitar a necessidade de manutenção prolongada da atenção. 
  • Colocar limites claros e objetivos; ter uma atitude disciplinar equilibrada e proporcionar avaliação  frequente, com sugestões concretas e que ajudem a desenvolver um comportamento adequado.
  • Assegurar que as instruções sejam claras, simples e apresentadas uma de cada vez, com um mínimo de distrações.
  • Reparar se o aluno se isola durante situações recreativas barulhentas. Isso pode ser um sinal de dificuldades de coordenação, ou auditivas que exigem uma intervenção nova/diferente.
  • Preparar com antecedência  o aluno para novas situações. Ele é muito sensível em relação às suas dificuldades e desencoraja-se facilmente.
  • Ser tolerante e modificar o programa do aluno com PHDA de acordo com as suas necessidades e perfil de aprendizagem.
  • Permanecer em constante comunicação com a família. 


Com a consciencialização e compreensão em relação ao impacto significativo que os sintomas da síndrome PHDA têm sobre as pessoas e as suas famílias, o futuro torna-se mais promissor.

Recolha de informação
Maria do Carmo Cotovio

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